8.14.2006

Refexões sobre Método Clínico


O Método Clínico de Piaget, no meu entender tem tudo a ver com Projetos de Aprendizagem. Acredito que a proposta de estudo deste método, vem contextualizar, reforçar e embasar cientificamente a metodologia de trabalho com PA s, pois ambos se caracterizam pelo levantamento de hipóteses, pelo questionamento e com isso o estudo de perguntas espontâneas que revelam o real interesse das crianças, ou seja, dos alunos, por determinadas questões que são as dúvidas temporárias, e as soluções imediatas que dão para os próprios questionamentos, que para mim são as certezas provisórias. Sendo que os interesses variam conforme os problemas, e questionamentos individuais. Neste sentido me chamou atenção quando a professora Íris Elisabeth Tempel Costa, diz em seu texto “O método clínico piagetiano”, que Piaget “percebeu que os testes desviavam a orientação do pensamento das crianças ao introduzir perguntas que elas não se colocam ou que passam a margem de questões essenciais dos interesses espontâneos e dos processos primitivos”. Se os testes ou questionamentos que partem do professor desviam a ordem de pensamento das crianças, por fazer perguntas que elas não se interessam ou fora do contexto e das vivências das mesmas, quanto mais aquela imensa relação de conteúdos sem aplicação prática, despejada de cima para baixo, sem a mínima noção de utilidade. Partindo deste ponto de vista entendo o grande número de desatenção, desinteresse, evasão e repetência dos alunos, assim como, desmotivação também por parte dos professores. O Trabalho do professor é fundamental, ele precisa ser questionador, suas intervenções devem ser no sentido de problematizar, levantar hipóteses que venham a enriquecer o processo de reflexão e aprendizagem dos alunos, porém ele só terá esta postura se estiver preocupado e comprometido com o resultado do seu fazer pedagógico, disposto a participar de grupos de estudo ou formação continuada, motivando-se a acompanhar o processo de mudança e deste modo adquirindo gosto pelo que faz. Penso que é por aí.... Abraços. Eveline.

8.08.2006

Avaliação, Raciocínio e Aprendizagem

Olá amigos! Mesmo que um pouco atrasada, pela sobrecarga de trabalho, quero falar um pouco das leituras que fiz sobre o CmapTools e apresentar a 2ª versão elaborada pelo nosso grupo do PA. Depois que ajudei na elaboração da 2ª versão do mapa conceitual, li dois textos muito interessantes sobre este software. Os textos são: “ Um software que ajuda a radiografar o raciocínio” de Arthur Guimarães, e “Mapas conceituais e uma proposta de categorias construtivistas para seu uso na avaliação da aprendizagem” do professor Ítalo Modesto Dutra.
Ambos os textos colocam o cmap como uma alternativa de compreensão do processo de raciocínio realizado pelas pessoas, à medida que as mesmas, constroem relações sobre determinados assuntos, formando redes temáticas de conhecimento. Neste sentido destaco a visão construtivista deste processo, especialmente quando se fala em avaliação, pois o conhecimento não é medido pela memorização, isto é, decoreba, pois estas são memórias de curto prazo, que após poucos dias se esquece. E tão pouco, o conhecimento é transmitido apenas pela fala ou metodologia de trabalho de uma pessoa. A rede de conhecimento, que podemos construir pelo Cmap, é elaborada através da discussão de hipóteses, debates-estudos-debates, ligações entre palavras-chave que fazem relações para que a dúvida previamente levantada seja resolvida, assim acontece a aprendizagem, sem necessidade de decorar nada, pelo contrário, cada indivíduo se vale das experiências e conhecimentos individuais já construídos, para realizar novas elaborações . O professor Ítalo diz ainda, que o “resultado do mapa não é o mais importante, mas sim o exercício mental feito para construí-lo”, achei dez.
Agora vejam o resultado das nossas reflexões demonstradas na 2ª versão, mas lembrem o que vale é o exercício mental realizado. E foi imenso... Primeiro para achar a 1ª versão, depois baixar o programa pois nossas máquinas não tinham memória suficiente, terceiro, construir a segunda versão, e quarto salva-la, pois precisava uma senha que não tinha jeito de dar certo, até que deu. Ufa! Que processo, agora estamos peritas para realizarmos a 3ª versão, precisamos “somente” ler, ler, ler. hehehe. Beijos a todos. Eveline